Paris
(2008) é do mesmo diretor do Albergue Espanhol (2002) e Bonecas Russas (2005), Cedric Klapisch. A sensibilidade do diretor de mostrar a cidade, do ponto de vista do observador, passa uma sensação de estar passeando pela cidade mesmo. No Albergue Espanhol, ele mostra a Barcelona de quem mora ali, do mesmo jeito que mostrou Paris. É uma sensação maravilhosa, parece que o espectador está dentro da cidade.Bem, sobre o filme: histórias paralelas que logo se unem e começam a fazer sentido juntas. Modos de viver e vivenciar a cidade. O glamour e as desigualdes: trabalhadores que madrugam para comprar a fruta e o peixe para vender fresquinho nos charmosos mercados de rua, a esperança do imigrante, a cultura de um professor universitário sedutor e deprimido, a vida de uma mãe solteira assistente social, um professor de dança esperando um transplante de coração.
Me identifiquei com a maneira que este professor lida com a espera: observando Paris pela sacada, imaginando como será a vida das pessoas que estão por trás das janelas dos prédios ao seu redor. Em Barcelona gostava de brincar de imaginar o que as pessoas que estavam por trás das janelas faziam de suas vidas.
Mais um filme francês bonito, sensível e indicado!


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