O filme belga - francês, dirigido e escrito por Eric-Emmanuel Schmitt, entitulado em espanhol "Odette: uma comédia sobre la felicidade" para muitos parece ser uma má imitação do quase unânime "O fabuloso destino de Amélie Poulin". Eu nem chego a comparar porque são fábulas modernas completamente diferentes.
Especialmente Odette, uma personagem que dentro do seu mundo e com a sua história de vida, poderia ser mais uma mulher amargurada, mergulhada em tristezas e sem perspectivas. Mesmo no meio de um monte de clichês bregas entre a decoração da sua casa até os seus gostos pela leitura (nada intelectual) Odette é uma mulher que transmite felicidade através da sua simplicidade. O filme, ao meu ver, foge daquelas freqüentes exigências e discussões da mulher culta e intelectual. O fato dela explicar ao filho que coleciona bonecas porque não pode colecionar obras de arte, talvez nem entenda de arte, mostra a sua maneira de encontrar valor naquilo que ela tem e faz.
Pode ser uma filmezinho meio bobo, mas não deixa de ser doce e de deixar a sua mensagem: é preciso buscar a felicidade nas pequenas coisas.
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