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22 de setembro de 2009

Há tanto tempo que te amo (2008)

Quando vi o cartaz na passada de bicleta em frente ao meu querido cinema Verdi, lá no bairro de Gràcia em Barcelona, me deu com curiosidade de ver. Como o Ítalo já tinha voltado e estava meio atrapalhada com a tese, achei que o filme era muito triste e que não era o momento de ver.
Vimos este fim de semana e achei o filme bem "bege", esperava muito mais.
A interpretação da personagem Juliette, por Kristin Scott Thomas é impecável. Mostra o drama de uma ex-presidiária, saindo da prisão depois de cumprir 15 anos de pena. Juliette é acolhida por sua irmã Lea (Elsa Zylberstein) que é uma professora universitária, casada, tem duas filhas adotivas, que parece tentar transparecer uma imagem de família francesa moderna.
Os motivos que levam a Juliette a prisão no início parecem impressindíveis para entender a aproximação de Lea depois de muitos anos sem contato. Na verdade, o mais bonito do filme é a cumplicidade que se estabelece nesta relação de irmãs depois de tantos anos e tantas histórias por contar. Quando acontece a revelação do que levou Juliette a prisão já nem parece tão fundamental para se sensibilizar com a história das irmãs. O nome do filme faz parte de um refrão de uma música que ambas cantavam no piano desde pequenas.
Recomendo, embora não tenha sido o melhor filme que vi nos últimos tempos.

14 de agosto de 2009

Paris (2008)

Este filme já estava em cartaz quando fui à Paris no ano passado. Me chamou atenção o título, já que muitos filmes tem mostrado o festiço, os mistérios e as paixões que desperta a cidade e na cidade. Entre os mais recentes e dos meus favoritos "Paris, Je t´aime" (2006) e o já falado aqui "2 dias em Paris" (2007).

Paris (2008) é do mesmo diretor do Albergue Espanhol (2002) e Bonecas Russas (2005), Cedric Klapisch. A sensibilidade do diretor de mostrar a cidade, do ponto de vista do observador, passa uma sensação de estar passeando pela cidade mesmo. No Albergue Espanhol, ele mostra a Barcelona de quem mora ali, do mesmo jeito que mostrou Paris. É uma sensação maravilhosa, parece que o espectador está dentro da cidade.

Bem, sobre o filme: histórias paralelas que logo se unem e começam a fazer sentido juntas. Modos de viver e vivenciar a cidade. O glamour e as desigualdes: trabalhadores que madrugam para comprar a fruta e o peixe para vender fresquinho nos charmosos mercados de rua, a esperança do imigrante, a cultura de um professor universitário sedutor e deprimido, a vida de uma mãe solteira assistente social, um professor de dança esperando um transplante de coração.

Me identifiquei com a maneira que este professor lida com a espera: observando Paris pela sacada, imaginando como será a vida das pessoas que estão por trás das janelas dos prédios ao seu redor. Em Barcelona gostava de brincar de imaginar o que as pessoas que estavam por trás das janelas faziam de suas vidas.

Mais um filme francês bonito, sensível e indicado!

2 de maio de 2009

Entre les murs (Entre os muros da escola) 2008

Gosto muito quando o cinema consegue relatar a realidade de um país desconstruindo paradigmas. A realidade da educação contemplando o grande número de nacionalidades, em sua maioria africanos, dentro de uma sala de aula no subúrbio de Paris é o tema deste filme enquadrado no estilo documentário-drama.

O filme é baseado no livro de François Bégaudeau (interpreta ele mesmo, o professor) mostra os desafios de inclusão, integração e educação formal, ensinando mais que a conjugação dos verbos em francês, uma aula de cidadania. O estrangeiros são a maioria, muitos deles com pais com situação legal comprometida na França, sem falar francês, talvez pouco adaptados a cultura. Os professores que aparecem também são os próprios professores com seus problemas diários e a escola, é a própria escola, ou seja, é cotidiano escolar da França contemporânea.

O que me pareceu mais interessante foi a liberdade na filmagem e no processo de estabelecimento da trama, diz o diretor numa entrevista no site oficial do filme: "Não queriamos um fio condutor que ficasse evidente. Os personagens deveriam se desenhar aos poucos, sem parecer brusco. O filme, mais que nada é uma crítica a vida numa aula: uma comunidade de 25 pessoas que não escolheram estar juntas, mas que deveriam trabalhar entre quatro paredes durante o ano letivo".

Só para deixar constar, foi Palma de Ouro no Festival de Cannes 2008.

22 de novembro de 2008

Le Fille Coupée en Deux (2007)

Fazia tempo que não via um filme que não gostasse. Tinha a impressão que este ía na mesma linha de um anterior de Claude Chabrol (Merci pour le Chocolat) em que o diretor foi capaz de mostrar a faceta da maldade e da perversidade das relações familiares com sutileza e tragédia.

A "chica cortada em dois" é uma história que tem estes mesmos traços do diretor, mas que em certos momentos parece perder o sentido. A personagem principal, uma mulher de 30 anos, que mora com a mãe e trabalha na TV, mais especialmente na previsão do tempo, se interessa por um escritor de 60 anos "bem casado" ao que tudo indica. Na verdade, maior é o interesse ou a curiosidade pelo mistério e pela sedução intelectual que pela pessoa. Ao mesmo tempo, existe um outro interessado, que é um "riquinho", super mimado e desgradável, que quer conquistar-la a todo custo.

A atmosfera intelectual e requintada é um detalhe que parece se repetir neste filme. Gente bonita, inteligente, sexy cheia de segredos e mistérios que creio que foi o que mais me incomodou neste filme. Gosto de um bom enredo, que deixa o espectador imaginar, mas La Fille Coupée en Deux faltaram evidências que pra mim era o mínimo esperado.

31 de agosto de 2007

CINEMA: 2 Jours à Paris


Vimos este filme no domingo (26/08), última sessão no Cine Verdi, aqui em Barcelona. Sem esperar muito, entrei no cinema sem ler a sinopsis. Que maneira de terminar o domingo, leve, rindo da fala ou de situações experimentadas pelos personagens muito cotidianas e com cara de gente real.Não sabia que Julie Delpy também dirigia filmes e para a minha surpresa, os personagens de seus pais, eram seus pais na vida real.A história parece banal: casal que mora em NY, ela francesa, ele americano, em férias na Europa, vão a Paris visitar a família dela. A questão é que em meio a tudo isso muita coisa acontece, nada fora do normal, pelas ruas de Paris. Os diálogos são rápidos e cômicos, muito fácil de prender e apreender o espectador.Recomendo!