Fazia tempo que não via um filme que não gostasse. Tinha a impressão que este ía na mesma linha de um anterior de Claude Chabrol (Merci pour le Chocolat) em que o diretor foi capaz de mostrar a faceta da maldade e da perversidade das relações familiares com sutileza e tragédia.
A "chica cortada em dois" é uma história que tem estes mesmos traços do diretor, mas que em certos momentos parece perder o sentido. A personagem principal, uma mulher de 30 anos, que mora com a mãe e trabalha na TV, mais especialmente na previsão do tempo, se interessa por um escritor de 60 anos "bem casado" ao que tudo indica. Na verdade, maior é o interesse ou a curiosidade pelo mistério e pela sedução intelectual que pela pessoa. Ao mesmo tempo, existe um outro interessado, que é um "riquinho", super mimado e desgradável, que quer conquistar-la a todo custo.
A atmosfera intelectual e requintada é um detalhe que parece se repetir neste filme. Gente bonita, inteligente, sexy cheia de segredos e mistérios que creio que foi o que mais me incomodou neste filme. Gosto de um bom enredo, que deixa o espectador imaginar, mas La Fille Coupée en Deux faltaram evidências que pra mim era o mínimo esperado.
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